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Ataxia:

DRPLA (Ataxia Dentato-Rubro-Palido-Luisiana)

GENES RELACIONADOS:

ATN1

LOCALIZAÇÃO:

Cromossoma 12 (12p13.31)

TIPO DE MUTAÇÃO:

ATN1 -> Mutação por expansão CAG

HERANÇA:

Autossômica Dominante

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:

16/01/2024 por Márcio Galvão

Ficha DRPLA

1. SOBRE A DRPLA

A DRPLA (Atrofia Dentatorrubro-Pálido-Luisiana) é um distúrbio neurológico raro, progressivo, caracterizado por diferentes combinações de cinco características principais: ataxia, declínio cognitivo, mioclonia, coreia, epilepsia e manifestações psiquiátricas. Um aspecto marcante da DRPLA é a grande heterogeneidade na sua apresentação clínica, com alguns sintomas comuns a todos os pacientes e outros sintomas mais prováveis dependendo da idade em que se manifestam [1]. Ver Seção 2. Sintomas Típicos.

 

O gene responsável pela DRPLA é o ATN1, que sintetiza a proteína atrofina-1. O gene está localizado no cromossoma 12, e foi identificado por uma equipe de pesquisadores no Japão, em 1994 [1], tendo a DRPLA sido identificada como uma das doenças de expansão de poliglutaminas (PolyQ) causadas por repetições expandidas de trinucleotídeos CAG (Koide et al., 1994). Ver Seção 7. Informações Adicionais.

Outros nomes para a DRPLA:

  • Sìndrome Haw River (HRS) - Nesta ficha, a HRS e a DRPLA são consideradas variantes de uma mesma desordem.

  • Epilepsia mioclônica com coreoatetose

  • Doença de Naito-Oyanagi (NOD)

2. SINTOMAS TÍPICOS

A DRPLA pode causar, dentre outros sintomas [1,2]:

  • Ataxia cerebelar progressiva (falta de coordenação, problemas de equilíbrio, disartria, tremores nos braços e mãos)

  • Rigidez

  • Movimentos involuntários, rápidos e irregulares (coreoatose).

  • Problemas cognitivos, incluindo demência.

  • Dificuldades de priocepção.

  • Nistagmo.

  • A epilepsia (convulsões) pode estar presente particularmente nos casos com início dos sintomas na infância ou na adolescência. 

 

Sinais e sintomas específicos da DRPLA têm relação com o número de repetições CAG no alelo herdado com mutação, e assim podem diferir de pessoa para pessoa, mesmo em uma mesma família, e há indicações [1] de que os sintomas são diferentes em crianças e em adultos, ou seja, variam em função da idade em que se manifestam. Por exemplo, as convulsões (epilepsia) e dificuldades intelectuais são citadas como sintomas da DRPLA em crianças e jovens (abaixo dos 20 anos), enquanto a demência pode ocorrer (não necessariamente vai ocorrer) em adultos (mais de 20 anos). 

Aspectos clínicos da DRLLA (por idade) [1]

  • Início dos sintomas antes dos 20 anos:  Ataxia, mioclonia, convulsões, deterioração intelectual progressiva

  • Início dos sintomas após 20 anos: Ataxia, coreoatose, demência, distúrbios psiquiátricos.

As principais alterações neuropatológicas tipicamente causadas pela DRPLA são a degeneração combinada dos sistemas  dentato-rubral e pálido-luysiano do sistema extrapiramidal, de onde decorre o nome da doença.  O sistema extrapiramidal é uma rede neural que desempenha um papel crucial no controle motor, trabalhando em conjunto com o sistema piramidal.

Núcleo Denteado e Rubro:

  • Núcleo Denteado (dentato): Localizado no cerebelo, está envolvido no controle motor, coordenando movimentos voluntários e contribuindo para a precisão e suavidade dos movimentos.

  • Núcleo Rubro (rubral): Localizado no mesencéfalo, é parte do sistema extrapiramidal e está envolvido na regulação do tônus muscular e na modulação de movimentos voluntários.

Globo Pálido e Substância Negra (Luysiana)

  • Globo Pálido (pálido): Estrutura localizada no núcleo da base, é uma parte essencial do sistema extrapiramidal que desempenha um papel importante no controle motor, regulação do tônus muscular e coordenação de movimentos.

  • Substância Negra (luysiana): Localizada no mesencéfalo, a substância negra também desempenha um papel crucial no sistema extrapiramidal, especialmente na produção de dopamina, que é um neurotransmissor envolvido no controle do movimento.

3. IDADE DOS SINTOMAS

Os sintomas da DRPLA podem surgir (onset) desde meses de idade até 72 anos, com a idade média de surgimento por volta de 31 anos [1].

​O portal Neuromuscular [3] informa a faixa de início dos sintomas de 1 até 67 anos, com média aos 31 anos de idade. 

4. ANTECIPAÇÃO

A antecipação dos sintomas pode ocorrer na DRPLA e está fortemente correlacionada com o número de repetições CAG [5]

Ou seja, na transmissão dos alelos do gene ATN1 de uma geração para a outra, o número de repetições CAG pode aumentar e os sintomas da doença podem surgir mais cedo na próxima geração. A antecipação é mais provável no caso de transmissão paternal em função da maior instabilidade nas repetições CAG [1].

Ver Seção 7. Informações Adicionais.

5. HERANÇA

A DRPLA é uma doença com herança autossômica dominante. Isto significa que indivíduos de ambos os sexos têm a mesma probabilidade de herdar uma cópia (alelo) do gene com mutação e se tornarem portadores da mutação. Um filho de uma pessoa com DRPLA tem uma probabilidade de 50% de herdar uma cópia do gene alterado (considerando que apenas um dos pais é portador da mutação, ou seja, a mãe ou o pai biológico).

​Observe que é possível que uma pessoa herde uma variante de um gene e não desenvolva a doença (não apresente sintomas), pois pode herdar uma mutação pequena em uma faixa intermediária que tenha baixa penetrância, Porém, quando a mutação herdada está em uma faixa considerada patológica (alta penetrância), a doença vai se manifestar em algum momento da vida.  

Faixas de expansão CAG para a DRPLA

Cada pessoa tem duas cópias do gene ATN1, uma herdada da mãe, e outra do pai. Um alelo pode ter por exemplo 8 repetições CAG, o que é normal e não provoca doença, enquanto o outro alelo (a outra cópia do mesmo gene) pode ter por exemplo, 52 repetições - e neste caso a pessoa vai desenvolver a doença mais cedo ou mais tarde. Os limites de repetições CAG para dignóstico genético da DRPLA são indicados abaixo [1, 5]:

  • Alelos normais: Entre 6 e 35 repetições CAG no gene ATN1.

  • Alelos "mutantes normais": Há uma faixa intermediária de 36 até 47 de repetições CAG que em geral não produz sintomas ou produz sintomas leves (baixa penetrância), mas os alelos são instáveis e podem se expandir na transmissão para uma próxima geração, embora este seja um evento muito raro. 

  • Alelos mutantes com penetrância total: Igual ou superior a 48 repetições CAG no gene ATN1. Neste caso a penetrância da mutação é completa, ou seja, todos os indivíduos vão apresentar sintomas da DRPLA em algum momento da vida. O maior número de repetições reportado até então é 93.

Como discutido na Seção 7. Informações Adicionais e ilustrado abaixo, os genes com repetições CAG expandidas produzem proteínas mal formadas que têm efeitos tóxicos, causando a disfunção e morte de células nervosas, Disso decorrem os sintomas da DRPLA.

Figura 1 crédito - 2023 DRPLA research update [5].

DRPLA - Faixas.png

​Nota: "Autossômica" significa que o gene está localizado em qualquer cromossoma com exceção dos cromossomas sexuais X e Y. Os genes, assim como os cromossomas, normalmente existem em pares (temos um par de cada gene, uma cópia do gene é herdada da mãe, outra do pai).  "Dominante" significa que apenas uma cópia do gene responsável (um alelo) herdada do pai ou da mãe é suficiente para transmitir uma característica física (como a cor dos olhos), ou uma doença genética (como as ataxia hereditárias) de uma geração (pais) para a seguinte (filhos). "Mutação" é um termo antigo que ainda é utilizado para indicar uma "variante patogênica" de um gene (isto é, uma variação que pode causar o aparecimento de doenças genéticas.

Figura 2 crédito - A nota acima e a imagem abaixo foram reproduzidas do GARD [2].

6. PREVALÊNCIA

A DRPLA é extremamente rara fora do Japão e outras populações asiáticas, embora já existam casos comprovados por testes moleculares na Europa (por exemplo, França, Itália, Portugal, Espanha), na América do Norte, Ásia (China, Japão, Coréia), Austrália e na América do Sul, incluindo o Brasil e Venezuela [1].  A fonte [5] estima a prevalência da DRPLA entre 2 e 7 casos por milhão de habitantes.

7. INFORMAÇÕES ADICIONAIS

A DRPLA é uma das "doenças poliglutamínicas" (PolyQ). Ocorre quando o alelo (cópia) do gene ATN1 herdado de um dos pais contém uma mutação com uma quantidade anormal de repetições (acima de 48) de trinucleotídios CAG (Citosina, Adenina, Guanina), que codificam o aminoácido glutamina (Q) na proteína atrofina-1 criada pelo gene. ​Isso faz com que a proteína codificada pelo gene mutante tenha uma conformação anormal, com uma repetição excessiva de glutaminas. Esta proteína anormal tem a tendência de se acumular e formar agregados especialmente nos núcleos nas células nervosas (neurônios). 

 

A natureza tem mecanismos de proteção para fazer uma "faxina" nas células e quebrar proteínas "problemáticas" ou "desnecessárias" que sejam encontradas. Porém, por algum motivo, estes mecanismos não funcionam bem com estes agregados de poliglutamina, que são insolúveis pelos métodos naturais. Assim, as proteínas defeituosas se tornam tóxicas e podem causar disfunções em processos celulares vitais como a autofagia, a transcrição de DNA, o transporte axonal e a homeostase de proteínas, causando a degeneração e a morte dos neurônios do cerebelo (e de outras células do sistema nervoso). Em função desta perda neuronal surgem os sintomas da ataxia.

Notas adicionais sobre desordens PolyQ: (Adaptadas de "Pathogenesis of SCA3 and implications for other polyglutamine diseases". Hayley S. McLoughlin et al, 2020).

1. Atualmente, são conhecidas nove desordens PolyQ, incluindo a Doença de Huntington (HD), a Atrofia Dentato-Rubro-Palido-Luisiana (DRPLA), a Atrofia Muscular Bulboespinhal (SBMA), e seis tipos diferentes de ataxias espinocerebelares (SCAs), incluindo a SCA1, SCA2, SCA3, SCA6, SCA7 e SCA17. Todas estas doenças decorrem de repetições CAG expandidas nas regiões codificantes de seus respectivos genes, e compartilham outras características comuns. Por exemplo, todas as doenças PolyQ têm herança autossômica dominante (com exceção da SBMA, que é relacionada ao X), afetam principalmente o SNC (Sistema Nervoso Central), embora nervos periféricos e músculos também possam ser afetados, e têm evolução progressiva ao longo de anos. Além disso, em todas as doenças PolyQ existe uma correlação inversa entre o tamanho da mutação (quantidade de repetições CAG) e a idade de início de surgimento (onset) dos sintomas e sua severidade, podendo ocorrer o fenômeno da antecipação como já mencionado. 

2. Nas doenças PolyQ as proteínas mal formadas com excesso de glutaminas (repetições CAG) tentem a se aglomerar formando agregados principalmente nos núcleos dos neurônios, embora também possam ocorrer agregados no citosol (citoplasma) e mesmo agregados distais em axônios. O significado destes aglomerados de proteínas no núcleo das células ainda não é totalmente claro, mas há uma hipótese de que inicialmente este processo seria benéfico (neuroprotetivo), mas com o tempo se torna tóxico (patogênico) para as células nervosas, causando o sequestro de proteínas essenciais para as funções celulares como fatores de transcrição, além de danos nas mitocôndrias, no sistema chaperone (conjunto de proteínas que auxiliam no correto dobramento de outras proteínas), e também no sistema UPS (Ubiquitina Proteassoma) que regula a degradação de proteínas indesejadas ou danificadas, além de prejudicar o processo de autofagia que é parte do mecanismo de "controle de qualidade" de proteínas em nível celular. O reparo de DNA danificado no núcleo das células também pode ser impactado. Todos estes problemas afetam o funcionamento normal dos neurônios, e podem causar a sua morte (perda neuronal). 

3. Além dos neurônios outros tipos de células como as células gliais (astrócitos, microglia e oligodendrócitos) podem desempenhar um papel importante na patogênese das ataxias espinocerebelares e outras doenças PolyQ. Por exemplo, já se sabe que células gliais (glia de Berman) desempenham um papel relevante no processo degenerativo que ocorre na ataxia SCA7, e as mudanças já observadas em células gliais em modelos animais na ataxia SCA1 e na Doença de Huntington bem pode ser uma característica comum em outras doenças PolyQ.

Diagnóstico - O diagnóstico da DRPLA pode ser feito com teste genético molecular (exame de DNA) para detectar mutações no gene ATN1, sendo recomendado sobretudo se já houver alguém na família com diagnóstico fechado (histórico familiar positivo para DRPLA). Antes da solicitação de testes genéticos, o neurologista tipicamente faz exames clínicos neurológicos para análise de sintomas, reflexos, anormalidades oculares, avaliação de histórico familiar etc. e é normal que solicite exames de imagem para verificar se há atrofia cerebelar por exemplo.

Diagnósticos diferenciais: A Doença de Huntington também tem sintomas parecidos com a DRPLA, mas o diagnóstico diferencial pode ser feito pela presença da ataxia, que existe na DRPLA e não na DH (ou por teste genético que confirme a expansão CAG patológica no gene ATN1). Uma síndrome semelhante ao que pode estar presente na DRPLA também pode ocorrer em doenças priônicas genéticas como a doença de Creutzfeldt-Jakob. Mais uma vez o teste genético para identificar variantes patogências de ATN1 pode concluir o diagnóstico para casos positivos de DRPLA [1].

Nota: Embora o diagnóstico por teste genético possa ser difícil, demorado e caro, ele é importante, pois permite um melhor aconselhamento genético para os familiares (risco de transmissão da mutação para futuras gerações na família), um melhor manejo da doença, que estará bem determinada, e também possibilita a participação do paciente em ensaios clínicos para medicamentos para ataxias específicas.

8. TERAPIAS E MEDICAMENTOS EM TESTES PARA A DRPLA

Está em fase de ensaios clínicos o medicamento DYST203 (Dystrogene), visando aprovação da FDA.

Ver Pipeline de Tratamentos da NAF para a DRPLA

Para informações sobre o estado atual das pesquisas em busca de tratamentos para a DRPLA e sobre como pacientes podem participar de pesquisas, ver 2023 DRPLA research update., Silvia Prades, PhD [5].

Nota: Há um Estudo de História Natural para a DRPLA [7]. Este estudo visa estudar a doença em pacientes infantis e adultos em diferentes países, para facilitar a identificação de biomarcadores (clínicos, genéticos, de imagem etc.) que possam ajudar na monitoração da progressão da doença ou em seu diagnóstico. As informações do estudo também poderão ajudar em ensaios clínicos de medicamentos, fornecendo dados adicionais. Ver também DRPLA Natural History and Biomarkers Study – an interview with Dr Hector Garcia Moreno and Ola Volhi

Sobre as terapias genéticas ASO

Dentre  as terapias em desenvolvimento mais promissoras para a SCA1, SCA3, SCA7 e outros tipos de ataxias está a terapia genética ASO (Oligonucleotídeos Antisenso). Os ASO são pequenas moléculas que podem impedir a síntese, ou alterar a forma como as proteínas são sintetizadas a partir dos genes. Como ilustrado a seguir, o processo de síntese de proteínas ocorre em duas etapas. Primeiro, ocorre a transcrição, onde um gene codificador de proteína é convertido em uma molécula de instruções chamada de RNA mensageiro (mRNA). Em seguida, ocorre a tradução, quando o mRNA é convertido em proteína. Os ASO se ligam no mRNA e podem interferir no processo de duas formas diferentes. Por um lado, podem alterar a forma como a proteína será gerada (ou seja, há o potencial de criar versões modificadas "boas" das proteínas, em substituição às proteínas mal formadas que seriam codificadas por genes com mutação contendo excesso de repetições CAG). Por outro lado, os ASO também podem simplesmente silenciar o gene e impedir que a proteína seja sintetizada. Ambas as abordagens têm o potencial de corrigir ou mitigar os efeitos das mutações genéticas, oferecendo assim uma perspectiva promissora para o tratamento das ataxias espinocerebelares e outras doenças PolyQ como a Doença de Huntington. As terapias genéticas, incluindo os ASO, representam uma área de pesquisa inovadora e em evolução no campo da medicina molecular.

Nota! Para informações sobre pesquisas de terapias ASO para a DRPLA, veja "DRPLA: development of an ASO therapy and understanding the impact of ATN1 CAG expansion" [6].

Figura 3 crédito - Snapshot: O que é um oligonucleotídeo antisenso (ASO/AON)? NAF SCASource. 

SCA7 como o ASO funciona.png

9. TRATAMENTOS

A ataxia DRPLA ainda não tem cura, mas é possível tratar sintomas visando melhor qualidade de vida e fornecer apoio contínuo ao paciente. É importante que os pacientes com DRPLA sejam acompanhados por um neurologista e uma equipe médica multidisciplinar e especializada, com a inclusão gradual de novos profissionais de saúde na medida em que seja necessário em função dos sintomas (geneticista, neuro oftalmologista, fisioterapeuta neurofuncional, fisioterapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, nutricionista etc.).

 

Por exemplo, a epilepsia pode ser manejada com medicações anti-convulsivas. Também há tratamento farmacológico para a mioclonia. Manifestações psiquiátricas podem ser amenizadas com medicações psicotrópicas.

 

Seguem outras boas práticas para o manejo de sintomas da DRPLA:. 

  • Fisioterapia neurofuncional, exercícios (sobretudo bicicleta ergométrica) e outras atividades físicas regulares (Yoga, Pilates, hidroginástica etc.) são recomendados (dentro das possibilidades de cada um).

  • Para reduzir o risco de quedas em função das dificuldades de equilíbrio ao caminhar pode-se adotar bengalas, andadores ou cadeira de rodas, dependendo do estágio da doença. 

  • Fisioterapia ocupacional e algumas adaptações em casa e nos hábitos diários podem ajudar (ex. instalar barras de apoio nos corredores e banheiros, cadeira para banho, luzes para iluminação noturna, reposicionar os móveis para facilitar a mobilidade, remover tapetes para não tropeçar, utilizar copos com tampa e canudo, calçados com sola antiderrapante e fáceis de calçar etc.). 

  • Descansar sempre que necessário, e é importante ter um sono noturno de boa qualidade. No caso de dificuldades para dormir, consultar o médico, pois há medicamentos que podem ajudar (por exemplo, óleo de Canabidiol).

  • Manter uma alimentação saudável e com boa hidratação.

  • Convém controlar o peso para evitar dificuldades ainda maiores na mobilidade. 

  • Para a disartria, se tal sintoma se manifestar, recomenda-se terapia especializada de fala (fonoaudiologia). Dependendo do estágio pode-se avaliar o uso de dispositivos de assistência para a comunicação (disponíveis para smartphone, computador, iPad etc.). 

  • Para a disfagia, também se recomenda consulta ao fonoaudiologista - há exercícios que podem ajudar na deglutição, reduzindo o risco de engasgos que possam causar pneumonia aspiratória. 

  • No caso de espasticidade, consultar o neurologista para avaliar a medicação mais adequada (ex. Baclofeno). 

  • Evitar (tanto quanto possível) o estresse, que em geral piora os sintomas da ataxia.

  • Se necessário, há medicações para o manejo da ansiedade e da depressão. Procurar o médico para avaliar as alternativas mais adequadas.

 

Onde saber mais

Mais informações sobre a DRPLA podem ser encontradas no Portal Cure DPRL [8]. Há inclusive um cadastro (registry) global de pacientes específico para esta condição. 

Nota! Alguns pacientes com ataxias cerebelares diversas relatam benefícios e melhoria de sintomas de ataxia após sessões de neuromodulação ou estimulação cerebelar não invasiva, por exemplo, a estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS), ou estimulação magnética transcraniana (TMS) com fisioterapeutas certificados. Observar que embora já esteja sendo comercializada esta terapia ainda não foi aprovada pela FDA nos Estados Unidos (ou pela ANVISA no Brasil) para tratamento de ataxias (ou seja, trata-se de tratamento experimental e sem garantias).

Veja informações sobre medicamentos.

Veja informações sobre tratamentos e cuidados para os pacientes.
Veja informações para quem tem diagnóstico recente
Veja informações sobre Grupos de Suporte para pacientes e cuidadores.

10. REFERÊNCIAS 

Ref #1

Fonte:

Silvia Prades, PhD et al. NLM - GeneReviews © 1993-2019.

Copyright © GeneReviews is a registered trademark of the University of Washington, Seattle. 

Idioma:

Inglês

Data:

Last Update: September 21, 2023

Ref #2

Fonte:

GARD - Genetic and Rare Diseases Information Center. 
Copyright © National Center for Advancing Translational Sciences - National Institutes of Health (NIH) ©.

Idioma:

Inglês

Data:

Last Updated: November 2023

Ref #3

Fonte:

NEUROMUSCULAR  DISEASE CENTER   (Alan Pestronk, MD)
Washington University, St. Louis, MO - USA     

Idioma:

Inglês

Data:

Ref #4

Fonte:

OMIM® - An Online Catalog of Human Genes and Genetic Disorders.
Copyright © Johns Hopkins University.

Idioma:

Inglês

Data:

Edit History: carol: 06/04/2022

Ref #5

Fonte:

YouTube - CURE DRPLA
Copyright © 2021 CureDRPLA

Idioma:

Inglês. É possível habilitar legendas e configurar tradução automática das legendas para outros idiomas.

Data:

Dec 19, 2023

Ref #6

Fonte:

Presented by: Joanna A. Korecka, Boston, USA at SCA ARCA Global Conference 2020

YouTube - AGI (Ataxia Global Initiative)

Idioma:

Inglês. É possível habilitar legendas e configurar tradução automática das legendas para outros idiomas.

Data:

Dec 8, 2020

Ref #7

Fonte:

Idioma:

Inglês

Data:

Estimated Completion Date: 12/31/2024

Ref #8

Fonte:

Cure DRPL website (Andrea Compton, Paul Compton and others). 

https://curedrpla.org/en/who-we-are/

Idioma:

Inglês

Data:

2021

Por favor, leia o Disclaimer.  Tradução para o idioma Inglês feita por Inteligência Artificial.

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