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Diagnóstico
 

Informações para quem tem diagnóstico recente ou para quem busca confirmação de diagnóstico por testes genéticos.

Equipe médica formada por diferentes especialistas

Diagnóstico recente

Recém-diagnosticado com ataxia?
Se você ou alguém que você conhece foi recentemente diagnosticado com ataxia, dê atenção a algumas das ações abaixo.

1.
Leia as informações sobre as várias ataxias e observe quais delas parecem se relacionar com a ataxia que o afeta.

2.
Faça seu cadastro na ABAHE.
Quem é invisível fica esquecido.

3.
Procure se manter bem informado, e selecione algum grupo de suporte que seja de seu interesse. 

Esses grupos, compostos por pessoas que têm ataxia e membros da família e amigos de pessoas que têm ataxia, compartilham umas com as outras experiências de lidar com a doença e recebem algumas das informações mais recentes sobre tratamentos. Quando a ataxia progressiva é diagnosticada pela primeira vez, a maioria dos pacientes nunca ouviu falar sobre a condição e não conhece ninguém com ela. Nesta fase, a ajuda a ser prestada pelas organizações de apoio ao paciente pode ser crucial. A possibilidade de conhecer outros na mesma situação, receber apoio emocional e informações e descobrir como os outros lidam com os sintomas pode ser de grande benefício para pessoas com ataxia. Também é importante entender que cada um tem sua própria jornada na aceitação deste dignóstico.

4.
Acesse os recursos disponíveis nas mídias sociais.

Siga o perfil da ABAHE no Instagram para se manter bem informado. 

Caso você tenha interesse em participar do Grupo de Suporte de Ataxias da Abahe no WhatsApp, por favor faça contato. O grupo é fechado para associados da Abahe. 

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  • Instagram

5.
Providencie acompanhamento médico, particular, através de planos de saúde ou na rede pública (SUS). Monitore sua saúde.

As ataxias são doenças graves, e é importante que os pacientes tenham acompanhamento médico regular com um neurologista. Na medida em que surjam necessidades, o neurologista poderá fazer encaminhamentos para outros médicos, como neuro-oftalmologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros especialistas. 

 

Dependendo dos sintomas apresentados e do tipo de ataxia diagnosticada, uma variedade de especialistas estará envolvida em seus cuidados. Por exemplo, problemas da bexiga podem ser uma característica de algumas das ataxias. Neste caso, um urologista será bem-vindo na equipe multidisciplinar que cuida do paciente.
 
Pacientes com ataxia de Friedreich (carinhosamente, "Fredericos") devem ser acompanhados por um cardiologista.

As anormalidades cardíacas são comuns na Ataxia de Friedreich e o encaminhamento para um cardiologista é necessário. Os "Fredericos" geralmente desenvolvem escoliose e podem desenvolver “pés cavos”, sendo recomendável, a depender do caso, o encaminhamento para um cirurgião ortopédico com especialização em cirurgia de pé e tornozelo. 

 

Algumas pessoas com ataxia (por exemplo: Ataxia de Friedreich e algumas ataxias espinocerebelares) experimentam problemas de audição e, por isso, o encaminhamento aos serviços de audiologia, terapeuta auditivo e / ou fonoaudióloga é recomendado.

Muitas das ataxias estão associadas a sintomas oculares, como visão reduzida, visão dupla (diplopia) ou oscilopsia (impressão de que os objetos oscilam) devido ao nistagmo. Recomenda-se encaminhamento para neuro-oftalmologista e outros serviços especializados pois, em muitos casos pode haver tratamento disponível.

Além de problemas motores, algumas ataxias podem causar sintomas afetivo-cognitivos.

Portanto, quando necessário, recomenda-se um encaminhamento para o departamento de Neuropsicologia. Recomenda-se a referência a um neuropsiquiatra em pacientes com ataxia e casos graves de depressão, demência ou psicose.

Pacientes com ataxia progressiva geralmente experimentam disartria, que, mais tarde, pode causar dificuldade na comunicação.

Nestes casos, o encaminhamento ao terapeuta de fala e linguagem é, portanto, importante. A disartria torna-se mais comum à medida que a doença progride. Assim, deve ser também assessorada por um terapeuta de fala e linguagem ou outro profissional apropriadamente treinado.

A FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL É MUITO IMPORTANTE para quem tem ataxias.

Os pacientes se beneficiam de um encaminhamento para neuroreabilitação desde o estágio inicial da doença, que o ajudará a estabelecer estratégias para manter suas funções motoras. A fisioterapia é valiosa para retardar a progressão da ataxia, preservando a mobilidade e reduzindo o risco de quedas.  O acompanhamento regular por profissional qualificado é muito importante. Os pacientes também precisarão de conselhos sobre auxílio para caminhar nos diferentes estágios da doença. Nos estágios mais avançados da doença por haver indicação para uso de cadeira de rodas.

Vídeo:

Autor/website:

Idioma:

Data:

NAF (National Ataxia Foundation) - Dr. Pravin Khemani

Inglês. É possível habilitar legendas e configurar tradução automática das legendas para português.

Jun 14, 2021

Vídeo:

Autor/website:

Idioma:

Data:

NAF (National Ataxia Foundation) - Dr. George (Chip) Wilmot

Inglês. É possível habilitar legendas e configurar tradução automática das legendas para português.

Apr 7, 2022

Testes genéticos para confirmação de diagnóstico de ataxias hereditárias

Exames de DNA para diagnóstico de ataxias (testes genéticos)

​​Fechar um diagnóstico para algum tipo de ataxia de base genética pode ser um processo difícil, caro e demorado no Brasil.

Na rede SARAH é possível conseguir diagnóstico pelo SUS, assim como em alguns hospitais universitários que fazem pesquisas em ataxias. Na rede particular, alguns planos de saúde pagam pelo exame de DNA. 

Procure se informar!

Vamos ver quais são as opções.

1. PAINEL DE GENES (PCR + Sanger)
(Sequenciamento Direcionado)
🔹 Foco em genes associados com ataxias mais prevalentes (ex: ATXN1, ATXN2, FXN).

🔹 Baseado na amplificação por PCR e sequenciamento de Sanger, método padrão-ouro para análise de regiões específicas.
🔹 Mais rápido.

🔹 Custo relativamente baixo e alta precisão para mutações pontuais e pequenas expansões em genes conhecidos.
🔹 Limitações: Analisa poucos genes por vez. Procura mutações apenas em regiões específicas de genes selecionados. Não detecta variantes estruturais (ex: deleções e duplicações) nem mutações fora dos genes incluídos no painel. 
👨‍⚕️ Se há histórico familiar conhecido (ex: SCA3), o médico pode pedir diretamente um teste específico para confirmar a mutação em um único gene (por exemplo, "expansão CAG no gene ATXN3" para confirmar suspeita de ataxia SCA3).

 

Nota! Há também um painel mais sofisticado, o Painel Multigênico por NGS (Sequenciamento de Nova Geração) que oferece maior cobertura genética (comparada ao sequenciamento Sanger).

  • "Painel": conjunto de genes predefinidos a serem analisados (por exemplo, genes associados a ataxias).

  • "Multigênico": envolve múltiplos genes relacionados a um fenótipo clínico específico.

  • "NGS": tecnologia que permite a leitura simultânea de várias regiões do DNA, com alta sensibilidade que permite identificar variantes raras ou inesperadas nos genes relacionados.. 

Esses painéis analisam apenas genes específicos pré-selecionados e são úteis quando se tem uma suspeita clínica bem definida, como no caso de ataxias hereditárias, epilepsias genéticas, ou doenças neuromusculares.


2. EXOMA (WES)
Sequenciamento Completo do Exoma (WES)
🔹 Analisa todas as regiões codificantes (éxons) de ~20.000 genes.
🔹 Cobre cerca de 90%-95% do exoma.
🔹 Permite detectar mutações em genes raros ou novos.

🔹 Custo intermediário entre os painéis e o Genoma completo (WGS).
⚠️ Limitação: Não detecta mutações profundas em íntrons. Por exemplo, o Exoma não é capaz de diagnosticar a ataxia SCA27B (causada por expansão GAA intrônica no gene FGF14).

3. GENOMA (WGS)
Sequenciamento Completo do Genoma (WGS)
🔹 Analisa todo o DNA: éxons, íntrons e regiões intergênicas.
🔹 Detecta mutações que o Exoma (WES) ou os painéis não conseguem detectar, como mutações profundas em íntrons, variantes estruturais complexas e variações em regiões regulatórias.
⚡ Desvantagem: Custo muito elevado. Significativamente mais caro que WES e painéis.. Gera muita informação, boa parte sem relevância clínica conhecida, exigindo filtragem criteriosa (por bioinformática).

Resumo Rápido
✔️ Painel de Genes Tracicional  (PCR + Sanger) → Ideal para ataxias mais comuns. Confirmação de mutação conhecida (ex: SCA3/repetições CAG). 

✔️ Painel Painel NGS multigênico → Investigação mais ampla de causas genéticas de alguma ataxia (onde há suspeita de mais de um gene associado ao quadro clínico por exemplo, pois pode detectar variantes em vários genes ao mesmo tempo).
✔️ Exoma (WES) → Para casos atípicos ou quando o painel é inconclusivo.
✔️ Genoma (WGS) → Para casos muito raros ou suspeita de mutações intrônicas.
📋 Consulte um neurologista ou geneticista especializado para saber qual teste é o mais indicado para o seu caso!

🧪 Nota! A identificação inicial da expansão GAA no gene FGF14, causadora da SCA27B, exigiu o uso do sequenciamento de leitura longa (Long-Read Sequencing), em plataformas como Oxford Nanopore ou PacBio SMRT. Após a caracterização molecular da mutação o diagnóstico da SCA27B já pode ser realizado clinicamente pelo método PCR Repeat-Primed, que confirma especificamente a presença de expansões GAA patogênicas. Esse processo exemplifica a complexidade do diagnóstico genético em ataxias hereditárias, onde tecnologias de pesquisa (como leitura longa) e métodos clínicos (como PCR) atuam de forma complementar. 
É preciso considerar também que ainda há muitos tipos de ataxias hereditárias cujos genes associados ainda não são conhecidos, portanto, ainda não há testes genéticos específicos para seu diagnóstico.  Nestes casos, através de outros exames será possível diagnosticar "ataxia", mas sem especificação do subtipo exato, ou compreensão clara de qual mutação causa a doença. Estas ataxias são tratadas como idiopáticas, ou de "causa ainda desconhecida". 

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