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Ficha CANVAS
Ataxia:

CANVAS (ataxia cerebelar, neuropatia sensorial e arreflexia vestibular bilateral)

GENES RELACIONADOS:

RFC1

LOCALIZAÇÃO:

Cromossoma  4 (região 4p14)

TIPO DE MUTAÇÃO:

Expansão de repetição intrônica AAGGG no gene RFC1

HERANÇA:

Autossômica Recessiva

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:

01/09/2025 por Márcio Galvão

Conteúdo gerado com apoio de IA Generativa, revisado pelo autor.

1. SOBRE A CANVAS

CANVAS é uma doença neurológica rara, de início tardio caracterizado classicamente pela tríade ataxia cerebelar, neuropatia sensitiva e arreflexia vestibular bilateral (do inglês Cerebellar Ataxia with Neuropathy and bilateral Vestibular Areflexia Syndrome). Trata-se de uma doença genética hereditária, com transmissão autossômica recessiva. Durante muito tempo CANVAS foi tratada como uma forma de ataxia idiopática (isto é, de causa desconhecida) de início tardio. Em 2019, o neurologista  Andrea Cortese e colaboradores identificaram que a doença está relacionada com mutações no gene RFC1 (Replication Factor C subunit 1), que codifica uma proteína essencial para os processos de replicação e reparo do DNA [1]. 

O Dr. Cortese descobriu que a causa mais comum da CANVAS é uma expansão bialélica de repetições do pentanucleotídico AAGGG no íntron 2 do gene RFC1. Trata-se portanto de uma expansão intrônica (em região não codificante do gene). Embora o mecanismo exato que causa a doença ainda seja desconhecido (ver Nota), a consequência é a degeneração neuronal progressiva e, consequentemente, a manifestação clínica dos sintomas característicos.

Assinaturas estruturais em neuroimagem de pacientes com diagnóstico confirmado revelam atrofia cerebelar relativamente simétrica, redução volumétrica do tronco encefálico e, em alguns estudos, atrofia dos gânglios da base [3]. Achados mais recentes incluem o afinamento dos nervos cranianos V e VIII [4] e a atrofia hipotalâmica [5], esta última em possível correlação com sintomas autonômicos (ver 2. Sintomas).

 

Nota! A patogênese da CANVAS ainda está em investigação. As hipóteses mais recentes incluem efeitos tóxicos mediados por RNA [6] derivados da expansão AAGGG, ou toxidade dependente diretamente da repetição AAGGG [7], sem que ocorra expressão reduzida ou perda de função da proteína RFC1, o que é incomum em doenças de padrão autossômico recessivo [1].

Figura 1 - Patogênese simplificada da CANVAS: Imagem gerada com apoio de IA

Diagrama simplificado da Patogênese da CANVAS

2. SINTOMAS TÍPICOS

Os sintomas típicos da CANVAS são [2]:

  • Ataxia cerebelar progressiva - marcha instável, falta de coordenação motora, movimentos oculares anormais (nistagmo, sacadas dismétricas), disartria e disfagia (em fases mais avançadas). 

  • Neuronopatia sensitiva (Nota 1).

  • Arreflexia vestibular bilateral -  VOR ausente ou reduzido, e VOR visualmente reforçado também prejudicado (Nota 2). 

  • Tosse crônica seca (podem surgir muitos anos antes da ataxia e neuropatia). 

  • Disautonomia - Problemas cardíacos, hipotensão ortostática, disfunção urinária, disfunção sexual, constipação, sudorese alterada (Nota 3);

Há ainda outras manifestações de sintomas que já foram descritas como parte do espectro RFC1, como parkinsonismo, sinais piramidais, dores neuropáticas e possível comprometimento cognitivo leve. Observar que há variabilidade na data de início dos sintomas mesmo dentro de uma mesma família, e que em alguns casos o fenótipo é incompleto -  dentro do espectro de sintomas da RFC1, alguns pacientes apresentam apenas neuropatia, ou apenas vestibulopatia, geralmente com início tardio (ver 3. Idade dos Sintomas).

Notas:

1 - Quando a síndrome CANVAS foi descrita clinicamente, nos anos 2000, o “N” do acrônimo foi definido como neuropathy (neuropatia), pois na época se acreditava tratar-se de uma neuropatia periférica sensitiva clássica. Nessa condição, a lesão ocorre principalmente nas fibras nervosas periféricas, e os sintomas seguem um padrão comprimento-dependente — iniciam nos pés ou mãos e progridem de forma simétrica. Estudos neurofisiológicos e neuropatológicos posteriores, porém, demonstraram que no CANVAS a lesão primária não está nas fibras, mas sim nos corpos celulares dos neurônios sensitivos localizados nos gânglios da raiz dorsal (DRG). Trata-se, portanto, de uma neuronopatia sensitiva (ou ganglionopatia), caracterizada por sintomas não comprimento-dependentes — que podem ser assimétricos, multifocais e frequentemente associados à perda de propriocepção com ataxia sensitiva. Assim, atualmente já se sabe que é mais adequado falar em neuronopatia sensitiva no contexto do CANVAS, ainda que no acrônimo original "CANVAS" o “N” continue sendo lido como “neuropathy” por razões históricas.

2 - O VOR “normal” corresponde ao reflexo vestíbulo-ocular básico, que depende da integridade do sistema vestibular periférico (labirinto e nervo vestibular). Em pacientes com CANVAS, devido à arreflexia vestibular bilateral, esse reflexo costuma estar ausente ou fortemente reduzido. Em casos de lesão vestibular isolada, o cerebelo pode utilizar pistas visuais para compensar parcialmente a falha vestibular, originando o chamado VOR visualmente reforçado. No entanto, no CANVAS o cerebelo também está comprometido (ataxia cerebelar), de modo que até mesmo o VOR visualmente reforçado encontra-se prejudicado. 

3 - Em CANVAS/RFC1, a disfunção autonômica é frequente e pode envolver vários domínios [2, 8, 9, 10]:

  • Cardiovascular autonômico: sobretudo hipotensão ortostática e intolerância ortostática (não se trata de “doença cardíaca” estrutural).

  • Urinário: incontinência/retensão, bexiga neurogênica.

  • Sexual: disfunção erétil relatada em coortes.

  • Gastrointestinal: constipação (e outros sintomas GI).

  • Sudomotor: sudorese reduzida/alterada; há relatos de desnervação de glândulas sudoríparas.

 

​Figura 2 - Diagrama CANVAS (adaptado de [1]). O diagrama mostra a sobreposição entre ataxia cerebelar, neuronopatia sensitiva e vestibulopatia bilateral, cuja intersecção define a síndrome CANVAS.

Diagrama com a síndrome CANVAS na interseção de ataxia cerebelar, neuropatia e arreflexia vestibular.

3. IDADE DOS SINTOMAS

A CANVAS é uma doença de manifestação tardia. Os sintomas da CANVAS se manifestam geralmente na idade adulta após os 35 anos, sendo 52 anos a idade média para o início da manifestação dos sintomas neurológicos. 

Notas:

  • A tosse seca crônica muitas vezes é o primeiro sintoma da CANVAS que se manifesta, e pode anteceder as manifestações neurológicas em até 20 a 30 anos [1].

  • Casos sintomáticos em adolescentes não foram descritos até agora na literatura.

  • A progressão é lenta - a doença evolui ao longo de décadas. Cerca de metade dos pacientes precisa de bengala após 10 anos de sintomas, e alguns evoluem para cadeira de rodas depois disso.

  • A expectativa de vida, em geral, é preservada.

4. ANTECIPAÇÃO

Não há evidências robustas de antecipação genética em CANVAS/RFC1 (filhos com sintomas mais precoces e graves que os pais). Além disso, por ter transmissão autossômica recessiva, pode parecer que a doença "pula gerações".

5. HERANÇA

A CANVAS apresenta transmissão autossômica recessiva. Isso significa que indivíduos de ambos os sexos têm a mesma probabilidade de herdar o gene com a mutação. Um indivíduo só desenvolverá os sintomas da doença se herdar duas cópias mutantes (alelos) do gene RFC1 — uma proveniente do pai biológico e outra da mãe. Quem herda apenas uma cópia mutante será um portador assintomático (carrier). Nestes casos, a cópia “normal” do gene é suficiente para manter a função, evitando o aparecimento dos sintomas. Já nas pessoas que herdam duas cópias patogênicas do gene RFC1, a doença se manifesta, desde que a expansão esteja na faixa considerada patogênica (como explicado a seguir).

Faixas de expansão AAGGG para confirmação diagnóstico da CANVAS:

Diferentes tipos de pentanucleotídicos podem estar presentes no íntron 2 do gene RFC1 (AAAAG, AAAGG, AAGGG, ACAGG, etc.), mas até o momento, a forma mais claramente patogênica é o AAGGG expandido [2]:

Faixa Normal (não causa a doença):

  • Repetições AAAAG: geralmente entre 11 e ~200 repetições (estável, não causa doença).

  • Repetições AAAGG: pode ter de 40 até >1000 repetições, também não patogênico.

Faixa Patogênica: 

  • AAGGG expandido: considerado patogênico com 400 ou mais repetições.

Lembrando que a mutação precisa ser bialélica para causar a doença, ou seja, a pessoa precisa herdar um alelo do gene RFC1 na faixa patogênica do pai, e outro da mãe, para desenvolver os sintomas da CANVAS. 

Nota: Já foram reportadas outras combinações de pentanucleotídeos em algumas populações que podem ser patogênicas quando em estado bialélico, como a repetição ACAGG (Japão) e a composição AAAGG/AAGGG (Nova Zelândia Māori),

Probabilidade dos filhos herdarem a doença 

Estatisticamente, se os dois pais são portadores:

  • A probabilidade de cada um dos filhos desenvolver a doença (= herdar um alelo mutante da mãe e outro do pai) é de 25%.

  • A probabilidade de cada um dos filhos não desenvolver a doença e se tornar também um portador (= herdar apenas uma cópia (alelo) com mutação do gene, seja do pai ou da mãe) é de 50%.

  • A probabilidade de cada filho não herdar nenhum alelo mutante (nem do pai, nem da mãe) e não desenvolver a doença e nem se tornar um portador assintomático é de 25%

 

O diagnóstico de CANVAS requer testes genéticos moleculares especializados

O diagnóstico definitivo da CANVAS requer testes genéticos moleculares especializados. Como a mutação responsável é uma expansão repetitiva localizada em região intrônica (não codificante) do gene RFC1, ela não é detectada por técnicas convencionais, como painéis de NGS ou exoma clínico, que analisam apenas os éxons (partes codificantes). Para confirmar a presença da expansão patogênica, utilizam-se métodos específicos, tais como:

  • PCR “repeat-primed” (RP-PCR), em conjunto com PCR flanqueador, que permitem identificar o pentanucleotídeo repetitivo (AAGGG).

  • Southern blot ou técnicas baseadas em sequenciamento de leitura longa (long-read sequencing, como PacBio ou Oxford Nanopore), que permitem medir com maior precisão o tamanho da expansão.

Assim, o teste de exoma isolado não é suficiente para confirmar o diagnóstico de CANVAS, sendo necessário recorrer a essas abordagens complementares para a detecção e avaliação do tamanho da expansão intrônica no RFC1.


Aconselhamento genético

Dada a herança autossômica recessiva da CANVAS, uma vez identificada uma variante patogênica no gene RFC1 em algum membro da família, o aconselhamento genético é fortemente recomendado. Ele deve ser oferecido a adultos que desejam ter filhos, bem como a parentes de primeiro grau de indivíduos afetados, a fim de:

  • Avaliar a probabilidade de serem portadores assintomáticos;

  • Esclarecer os riscos de transmissão para a descendência (25% de chance de um filho afetado quando ambos os pais são portadores);

  • Discutir estratégias de planejamento reprodutivo e opções de testes disponíveis.

Nota: "Autossômica" significa que o gene está localizado em qualquer cromossoma com exceção dos cromossomas sexuais X e Y.  Os genes, assim como os cromossomas, normalmente existem em pares (temos um par de cada gene, uma cópia do gene é herdada da mãe, outra do pai). Assim, homens e mulheres têm igual probabilidade de herdar um gene mutante que pode causar uma ataxia hereditária. "Recessiva" significa que duas cópias (alelos) com mutação do gene precisam ser herdadas (uma do pai biológico, outra da mãe) para que a pessoa desenvolva a doença. 

Figura 3 - Fonte: MedlinePlus, U.S. National Library of Medicine.

Ilustração: Transmissão autossômica recessiva

6. PREVALÊNCIA

A prevalência populacional exata da CANVAS permanece incerta e varia por população. A fonte [2] estima que a frequência de portadores heterozigotos da expansão AAGGG em populações de origem europeia varia entre 0,7% e 4%, com valor semelhante (~2,24%) em chineses Han. Neste caso, a prevalência estimada de indivíduos com expansões bialélicas associados à CANVAS varia entre 1 em 20.000 (0,005%) e 1 em 625 (0,16%). 

Vale ressaltar que esta prevalência “1 em 20.000” (que equivale a "5 casos em 100.000") vem de estimativas teóricas baseadas na frequência de portadores heterozigotos e cálculos populacionais, e não de estudos epidemiológicos clínicos, e parece superestimada - é possível que a prevalência clínica real da síndrome seja menor do que o sugerido pela conta teórica.

7. INFORMAÇÕES ADICIONAIS

CANVAS é uma doença multissistêmica com uma grande variedade de sintomas. O diagnóstico diferencial é importante para separar CANVAS de outras ataxias multissistêmicas como a ataxia espinocerebelar tipo 3 (SCA3) e a atrofia de múltiplos sistemas cerebelar (MSA-C). Para informações adicionais, veja [2].

Sintomas:

  • A presença da tríade ataxia cerebelar + neuronopatia sensitiva (não comprimento-dependente) + arreflexia vestibular bilateral favorece a hipótese de CANVAS.

  • Tosse crônica seca (que se manifesta muito antes dos sintomas neurológicos) favorece CANVAS.

  • A neuropatia na SCA3 costuma ser axonal e comprimento-dependente (sensorimotora). Já em CANVAS em vez de neuropatia ocorre a neuronopatia sensitiva, frequentemente assimétrica e não comprimento-dependente.

Evolução:

  • CANVAS costuma evoluir lentamente (reabilitação vestibular e sensório-motora ajuda), enquanto a MSA-C é rapidamente progressiva.

Histórico familiar: 

  • CANVAS é autossômica recessiva (os sintomas "pulam gerações"), enquanto que na SCA3 (por ser autossômica dominante) o histórico familiar positivo é mais comum.

Neuroimagem:

  • Afinamento dos nervos cranianos V e VIII ajuda a diferenciar CANVAS das SCAs e da MSA-C.

Genética:​

  • MSA-C é esporádica, sem teste causal definidor.

  • SCA3 é genética, por expansão de repetição CAG no gene ATXN3.

  • CANVAS é genética, por expansão de repetição AAGGG no gene RFC1, confirmável por teste genético molecular (RP-PCR/long-read).

8. TERAPIAS E MEDICAMENTOS EM TESTES 

Ainda não há terapia aprovada para curar ou modificar o curso da RFC1/CANVAS. O manejo é de suporte, para tratar sintomas. 

  • Para a vestibulopatia bilateral, implantes vestibulares estão em ensaios clínicos nos EUA e na Europa. Em BVH (hipofunção vestibular bilateral), estudos mostram melhora do VOR e benefício em sintomas e qualidade de vida. Contudo, o método é investigacional, com riscos (incluindo perda auditiva ipsilateral) e sem evidência específica para CANVAS até o momento, embora tenha potencial aplicabilidade futura [11]. 

  • Para a tosse crônica, há antagonistas P2X3 (por exemplo, Gefapixant) já aprovados na Europa que podem beneficiar pacientes com CANVAS (uso off-label).

Nota! Para informações adicionais sobre pesquisas e tratamentos em andamento para a CANVAS, ver "Research and Treatment Development for CANVAS", webinar da NAF com o Dr. Andrea Cortesi, em 19 de fevereiro, 2o24 [14].

9. TRATAMENTOS

Tratamentos paliativos e de reabilitação:

  • Fisioterapia: foco em equilíbrio, prevenção de quedas e treino proprioceptivo.

  • Reabilitação vestibular: exercícios para reduzir os sintomas da oscilopsia.

  • Fonoaudiologia: suporte em disartria e disfagia.

  • Controle da neuropatia dolorosa: uso de medicamentos padronizados para dor neuropática.

  • Manejo da disautonomia: estratégias não farmacológicas e medicamentos específicos conforme a manifestação.

  • Tosse crônica: acompanhamento multidisciplinar; considerar terapias modernas (P2X3) onde disponível.

Veja informações sobre medicamentos.

Veja informações sobre tratamentos e cuidados para os pacientes.
Veja informações para quem tem diagnóstico recente
Veja informações sobre Grupos de Suporte para pacientes e cuidadores.

10. REFERÊNCIAS 

As referências abaixo englobam fontes acadêmicas e de organizações especializadas que embasaram as informações desta ficha técnica. Para mais informações, consulte a lista de Referências do ataxia.info

Ref #1

Fonte:

Andrea Cortese et al

PubMed Central ® PMCID: PMC6709527.

Idioma:

Inglês

Data:

2019

Ref #2

Fonte:

Andrea Cortese et al
Copyright © GeneReviews

Idioma:

Inglês

Data:

November 25, 2020

Ref #3

Fonte:

Paula Camila A A P Matos et al

PubMed® PMID: 34241918.

Idioma:

Inglês

Data:

Nov 2021

Ref #4

Fonte:

Camila C Lobo et al
PubMed® PMID: 38291837.

Idioma:

Inglês

Data:

Jan 11, 2o24

Ref #5

Fonte:

Verena Miranda Souza et al
PubMed® PMID: 40526300.

Idioma:

Inglês

Data:

Jun 17, 2025

Ref #6

Fonte:

Mohammad Hossein Abdi et al
PubMed Central ® PMCID: PMC10563062.

Idioma:

Inglês

Data:

Sept 1, 2023

Ref #7

Fonte:

Connor J Maltby et al

PubMed Central ® PMCID: PMC10760133.

Idioma:

Inglês

Data:

Dec 14, 2023

Ref #8

Fonte:

Teddy Y Wu et at

PubMed® PMID: 25070514

Idioma:

Inglês

Data:

Oct 2014

Ref #9

Fonte:

Sullivan, Roisin et at
Current Opinion in Neurology. Published by Wolters Kluwer Health, Inc.

Idioma:

Inglês

Data:

2021

Ref #10

Fonte:

Gabriel da Silva Schmitt et al
ScienceDirect. Copyright © 2025 Elsevier B.V

Idioma:

Inglês

Data:

Oct 2022

Ref #11

Fonte:

Johns Hopkins University (Responsible Party)
ClinialTrials.gov

Idioma:

Inglês

Data:

2025-07-14

Ref #12

Fonte:

Página com recursos diversos para pacientes com CANVAS e seus cuidadores
NAF (National Ataxia Foundation)

Idioma:

Inglês, com tradução disponível para outros idiomas.

Data:

2025

Ref #13

Fonte:

Webinar apresentado pelo Dr. David Szmulewicz.
Canal da NAF no YouTube

Idioma:

Inglês

Data:

Feb 9, 2024

Ref #14

Fonte:

Webinar apresentado pelo Dr. Andrea Cortese
Canal da NAF no YouTube

Idioma:

Inglês

Data:

Feb 19, 2024

Ref #15

Fonte:

OMIM ® - An Online Catalog of Human Genes and Genetic Disorders.
Copyright © Johns Hopkins University.

Idioma:

Inglês

Data:

Edit History: carol : 01/15/2025

Por favor, leia o Disclaimer.  

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